EDIÇÃO 14 COMPLETA

Revista Outubro ganha nova editora e projeto gráfico

Em seu 14º número, a revista Outubro ganha cara e editora novas. O novo visual gráfico da publicação do Instituto de Estudos Socialistas busca reforçar sua identidade, marcada pelo debate crítico de temas relacionados a política internacional e a ciência política, passando pela história, sociologia e economia. Entre os autores, figuram intelectuais brasileiros e estrangeiros que, em comum, encontram na melhor teoria social e marxista os elementos para entender de modo profundo e claro o mundo em que vivemos.

No artigo de abertura, o norte-americano John Bellamy Foster, co-editor da renomada Monthly Review, procura revelar aquilo que a ideologia “democrática” dos Estados Unidos esconde. A partir de textos “canônicos” da geopolítica, mas também passando por obras e documentos representativos do pensamento imperial dos EUA, Foster mostra que a política imperial do país atua no sentido de criar um espaço global para a acumulação de capital liderado pela classe dominante norte-americana.

Entre os brasileiros, destacamos o texto de Marcelo Badaró Mattos, que avalia a apropriação da obra do historiador marxista inglês E.P. Thompson. Para Mattos, Thompson sofreu no Brasil um processo de “domesticação” não-marxista ou, até mesmo, antimarxista. Também nesta edição, os movimentos sociais na França são tema de um instigante artigo do professor de história da USP Osvaldo Coggiola, que discute a força das manifestações da juventude francesa contra o Contrato do Primeiro Emprego.

A editora Alameda passa, também, a distribuir números anteriores da revista.

Índice

 

A nova geopolítica do império

John Bellamy Foster (University of Oregon, Estados Unidos)

 

O materialismo histórico de Cohen: um determinismo tecnológico fadado a uma guinada normativa

Fabien Tarrit (Université de Reims Champagne-Ardene, França)

 

Da produção do chamado “jovem Marx”: algumas notas sobre os Manuscritos econômico-filosóficos

Jesus Ranieri (Unicamp)

 

E. P. Thompson no Brasil

Marcelo Badaró Mattos (UFF)

 

A miséria da historiografia

Demian Bezerra de Melo (UFF)

 

O movimento sindical frente ao governo Lula: dilemas, desafios e paradoxos

Andréia Galvão (Unicamp)

 

França inaugura uma nova etapa política na Europa

Osvaldo Coggiola (USP)

 

O setor bélico: por que ele se instalou no coração da economia estadunidense?

Gilson Dantas (UnB)
A “economia solidária”: uma crítica marxista

Claus Germer (UFPR)

 

Resenhas:

François Chesnais (org.). A finança mundializada:
raízes sociais e políticas, configuração, conseqüências.
São Paulo: Boitempo, 2005.
por Eleutério F. S. Prado

Antonino Infranca. Trabajo, individuo e historia: el concepto de trabajo em Lukács.
Buenos Aires: Herramienta, 2005.
por Tatiana Fonseca Oliveira

Maria Cecília Manzoli Turatti. Os filhos da lona preta: identidade e cotidiano em acampamentos do MST.
São Paulo: Alameda, 2005.
por Luciana Aliaga

João Bernardo. Democracia totalitária.
São Paulo: Cortez, 2004.
por Ronan Gomes Gonçalves

O materialismo histórico de Gerald Cohen: um determinismo tecnológico fadado a uma guinada normativa


Deprecated: Function get_magic_quotes_gpc() is deprecated in /var/www/vhosts/outubrorevista.com.br/httpdocs/wp-includes/formatting.php on line 4819

ACESSE AQUI O PDF

Resumo: Esse artigo tem por objetivo apresentar e criticar a defesa da concepção marxista da história realizada por Gerald Cohen. Seu primeiro livro, Karl Marx’s theory of history: a defense, é considerado o documento fundador do marxismo analítico. Sua originalidade consiste em utilizar o texto do “Prefácio de 1859” e dar a ele uma interpretação não dialética e causal. A história é vista como uma relação entre forças produtivas e relações de produção, em que as primeiras, redutíveis à ciência, tendem a se desenvolver incessantemente durante toda a história. A abordagem de Cohen, que podemos chamar por determinismo tecnológico, se fundamenta na explicação funcional. Assim, o artigo mostra como Cohen, em uma edição nova e ampliada de seu livro, reviu suas reivindicações centrais para dar prioridade a explicações normativas.

Palavras-chave: 1. Gerald Cohen; 2. Marxismo; 3. História

 

Gerald Cohen’s historical materialism: a technological determinism doomed to a normative turning

Abstract: This article aims to present and criticize Gerald Cohen’s Marxist conception of History. His first book, Karl Marx’s theory of history: a defense, is considered as the founding document of analytical Marxism. Its originality lays in the use of the text of the  “Preface” of 1859 in a non-dialectical and causal interpretation. History is seen as as relationship between productive forces and relations of production, on which the former, reducible to science, tend to develop ceaselessly during History. Cohen’s approach, which we may call technological determinism, is based in a functional explanation. Therefore, the article shows how Cohen, in a new and enlarged edition of the book, has revised his central position, in order to prioritize normative explanations.

Keywords: 1. Gerald Cohen; 2. Marxism; 3. History

A miséria da historiografia


Deprecated: Function get_magic_quotes_gpc() is deprecated in /var/www/vhosts/outubrorevista.com.br/httpdocs/wp-includes/formatting.php on line 4819

ACESSE AQUI O PDF

 

Resumo: Importantes temáticas da história brasileira vem sendo submetidas a revisões radicais nos últimos anos. É o caso do golpe de 1964, que tem sido alvo de uma onda revisionista. Em 1964, as esquerdas empreenderam uma ação uma ação para ampliar os limites do regime democrático de então, e por isto são hoje acusadas de golpistas por historiadores revisionistas. O propósito deste artigo é discutir criticamente a perspectiva teórica que tem motivado tal revisão. Para isto, são analisados os trabalhos de Argelina Figueiredo, Jorge Ferreira e Daniela Aarão dos Reis, representantes deste revisionismo, contrapondo-os ao trabalho clássico de René Dreifuss.
Palavras-chave: 1. Historiografia; 2. Revisionismo; 3. Golpe de 1964

 

The poverty of historiography

Resumo: Some important themes of Brazilian history have been submitted to radical revisions in the past years. That is the case of the 1964 military coup d’etat, a common target of this revisionist perspective in the most recent period. In 1964, the Left had undertaken an action to extend the limits of the democratic system of that period, and for this nowadays it’s accused by revisionist historians of desiring and even planning a coup d’etat. For this reason, this article analyzes the representatives of this revisionist historiography, such as Argelina Figueiredo, Jorge Ferreira and Daniel Aarão dos Reis, contrasting their ideas to the classic work of René Dreifuss.

Keywords: 1. Historiography; 2. Revisionism; 3. 1964 military coup d’etat.

RESENHAS EDIÇÃO 14


Deprecated: Function get_magic_quotes_gpc() is deprecated in /var/www/vhosts/outubrorevista.com.br/httpdocs/wp-includes/formatting.php on line 4819

Revista Outubro – Edição 14 – Resenha

François Chesnais (org.). A finança mundializada:
raízes sociais e políticas, configuração, conseqüências.
São Paulo: Boitempo, 2005.
por Eleutério F. S. Prado

Antonino Infranca. Trabajo, individuo e historia: el concepto de trabajo em Lukács.
Buenos Aires: Herramienta, 2005.
por Tatiana Fonseca Oliveira

Maria Cecília Manzoli Turatti. Os filhos da lona preta: identidade e cotidiano em acampamentos do MST.
São Paulo: Alameda, 2005.
por Luciana Aliaga

João Bernardo. Democracia totalitária.
São Paulo: Cortez, 2004.
por Ronan Gomes Gonçalves