EDIÇÃO 20 COMPLETA

Desde seu aparecimento, Outubro tem colaborado com a superação das dificuldades teóricas que bloquearam o desenvolvimento do debate estratégico socialista no país por meio da publicação de artigos e dossiês dedicados a este espinhoso tema. Neste número, o leitor encontrará, além de uma sintética contribuição do filósofo marxista, Daniel Bensaïd, cuja obra desde a década de 1970 orientou-se nesta direção. A publicação desse artigo, o último capítulo de seu último livro, é também uma homenagem da revista a seu colaborador, falecido em 2010.

Sumário

 

Elogio da política profana como arte estratégica

Daniel Bensaïd (Université Paris VIII, França)

 

A acumulação capitalista mundial e o subimperialismo

Ruy Mauro Marini (UNAM, México)

 

As “recentes” greves na China

Paula Nabuco (UFF)

 

Ecologia versus Capitalismo: dilemas do governo Rafael Correa no Equador

Fabio Luis Barbosa dos Santos (USP)

 

Entrevista com Marcel van der Linden: “As greves não estão diminuindo, provavelmente estão se tornando mais importantes”

Raquel Varela (UNL, Portugal)

 

Marx, as crises e a revolução

Demian Bezerra de Melo (UFF)

 

Uma leitura sobre Lenin, Clausewitz, a revolução e a guerra

Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos (UFPI)

 

Trabalho no capitalismo contemporâneo: pelo fim das teorias do fim do trabalho

Marcelo Dias Carcanholo (UFF) e João Leonardo Medeiros (UFF)

 

Resenhas

MISKULIN, Sílvia. Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução (1961-1975). São Paulo: Alameda, 2009
por Juarez Duayer

DIAS, Edmundo Fernandes. História e revolução: das Teses ao Manifesto. Campinas: Sundermann, 2011
por Antonio de Pádua Bosi

OLIVEIRA, Francisco de; BRAGA, Ruy; RIZEK, Cibele (orgs.) Hegemonia às avessas: economia, política e cultura na era da servidão financeira. São Paulo: Boitempo, 2010
por Deni Ireneu Alfaro Rubbo

SENA JÚNIOR, Carlos Zacarias. Os impasses da estratégia: os comunistas, o antifascismo e a revolução burguesa no Brasil (1936-1948). São Paulo: Annablume, 2010

Referência: Revista Outubro, n. 20, 2012.

Elogio da política profana como arte estratégica


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Resumo: Em meio à crise que marca o início do século XXI, como crise do sistema político parlamentar e partidário, a política emerge como “arte de fundar ou mudar o mundo”. Esta não se identifica com o discurso pós moderno dofluxo midiático, tampouco com o pessimismo dos filósofos que profetizama “dominação global” e inevitável do capitalismo. A política, ao contrário, é sempre interminável, conspira com a história. Ela é profana e, portanto, inconciliável com a ordem.

Palavras-chave: 1. Política; 2. Estratégia; 3. Crise da política

 

Eulogy of profane politics as strategic art

Abstract: Amid the crisis that marks the beginning of the twentieth first century, a crisis of the parliamentary and partisan political systems, politics emerges as “the art of founding or changing the world”. It is not identified with postmodern discourse and neither with the philosophical pessimism that professes the “global domination” of capitalisnt Politics, by contrast, is always endless, conspires with history. It is profane, and therefore irreconcilable with the order.

Key-words: 1. Politics; 2. Strategy; 3. Crisis of politics.

As “recentes” greves na China


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As “recentes” greves na China

O objetivo deste artigo é investigar as “recentes” greves na China, especialmente a resistência na Honda, Foxconn e outras empresas que foram divulgadas por todo o mundo, apontando que a resistência e greves dos trabalhadores não são uma novidade, há muitos relatos de ações coletivas por toda a China nos últimos anos. Durante as últimas três décadas, a China passou por um crescimento nos métodos de resistência popular e protestos contra as más condições de trabalho, não-pagamento de salários e pensões de trabalhadores de empresas estatais e privadas de investimento externo. Recentemente os jovens trabalhadores migrantes de empresas com fundos estrangeiros realizaram greves e estabeleceram novas formas de mobilização e organização portodo o pais. Apesar das ações coletivas estarem crescendo na China, elas são basicamente relacionadas com demandas econõmicas e com as condições de trabalho e seu nível de organização ainda é baixo.

Palavras-chave: Greves; Condições de trabalho; China

 

The “recent” strikes in China

The aim of this paper is to investigate the “reccent” strikes in China, specialiy the resistance in Honda, Foxconn and other foreign funded companies that were spread all over the world. The workers resistance and strikes are not new, there have been many reports of collective action all over China in recent years. During the last decades China had an increase in methods of popular resistance and protests against bad working conditions, unpaid wages and pensions from workers of state owned enterprises (SOEs) and private foreign ones. Recently the young migrant workers from the foreign funded enterprises carried out many strikes and established new ways of mobilization and organization all over the country. Although the collective actions are growing,they are basically reIated with economic demands and working conditions and the workers in China still have a low organization level.

Keywords: Strikes; Working conditions; China

Marx, as crises e a revolução


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Resumo: No balanço da Revolução de 1848, Marx afirmou que a crise comercial de 1847 foi a sua “parteira apontando na volta da prosperidade econômica a razão para o desfecho daquela vaga revolucionária. Em seguida vaticinou que tão logo estalasse uma nova crise, outra revolução seria desencadeada no continente europeu. Todavia uma nova crise sô voltou a acontecer em 1857-1858, e nenhuma revolução se fez presente. O propósito deste artigo é discutir como Marx abordou a relação entre crises econômicas e a luta de classes,desde seus comentários sobre a revolução de 1848 até o desenvolvimento de sua crítica da economia política nos anos 1850. Defende-se a ideia de que da redação dos Grundrisse até o Prefácio de 1859 Marx apura sua visão sobre a historicidade do capitalismo e define a necessidade de uma época histórica de revolução social para dar cabo desta forma de sociabilidade. Assim, em seus comentários posteriores sobre o fenômeno das crises, notadamente na seção terceira do livro III de O Capital, tal perspectiva comparece de forma explícita.

Palavras-chave: Crises capitalistas; Revolução; Karl Marx

 

Marx, the crises and the revolution

Abstract: In the balance of the Revolution of 1848, Marx said that the commercial crisis of 1847 was her “midwife” pointing in the hack of economic prosperity the reason for the outcome of that revolutionary wave. Then predicted that once popped a new crisis, another revolution would be unleashed on the European continent. But a new crisis just happened again in 1857-1858, and no revolution has been made. The purpose of this paper is to discuss how Marx addressed the relationship between economic crises and class struggle, from his comments about the 1848 revolution, until the development of his critique of political economy in the 1850s. It supports the idea that from the writing of the Grundrisse to the 1859 Preface, Marx clears bis views on the historicity of capitalism and defines the need of a historical period of social revolution to give out this form of sociability. Thus, in bis later comments on the phenomenon of crises, notably in the third section of book III of Das Kapital, that prospect appears explicitly.

Keywords: Capitalists crises; Revolution; Karl Marx

Trabalho no capitalismo contemporâneo: pelo fim das teorias do fim do trabalho


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Resumo: O artigo recupera o longo debate a respeito da suposla tendência ao fim do trabalho no capitalismo contemporâneo, que teria transformado a teoria de Marx numa interpretação da vida social totalmente extemporânea. Opondo-se aos argumentos oferecidos pelos diversos formuladores das teses sobre ofim do trabalho (Gorz, Offe, Habermas, Flardt e Negri, entre outros), o artigo procura defender, por um lado, que muitos destes argumentos são carregados de problemas de toda ordem (teóricos, categoriais, metodológicos e empíricos). Por outro lado, procura-se demonstrar que, ainda que estivéssemos caminhando para uma situação na qual o trabalho deixaria de ter importância na reprodução social, a intervenção crítica de Marx não seria abalada pela aberta manifestação dessa tendência: ao contrário, a importância de sua intervenção seria, na verdade, realçada.Palavras Chave: 1. Trabalho; 2. Capitalismo; 3. Karl Marx

 

Work in contemporary capitalism: for the end of the theories of the end of work

Abstract: The paper resumes the longstanding debate of the presumed tendency towards the end of work in contemporary capitalism, which would have transformed Marx’s theory into a totally extemporaneous interpretation of social life. Opposing arguments advanced by the various thinkers who give shape to the theses about the end of work (Gorz, Offe, Habermas, Hardt e Negri, among others), the paper tries to defend, on the one hand, that many of these arguments carry with them all sorts of problems (theoretical, categorical,methodological and empirical). On the other, it attempts to show that, even if we were evolving to a situation where work has no importance to social reproduction, Marx’s critical intervention would not be shaken by the open manifestation of this tendency: contrary lo this, its importance would be, in fact, rendered conspicuous.Keywords: 1. Work; 2. Capitalism; 3. Karl Marx

RESENHAS EDIÇÃO 20


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Revista Outubro – Edição 20 – Resenha

MISKULIN, Sílvia. Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução (1961-1975). São Paulo: Alameda, 2009
por Juarez Duayer

DIAS, Edmundo Fernandes. História e revolução: das Teses ao Manifesto. Campinas: Sundermann, 2011
por Antonio de Pádua Bosi

OLIVEIRA, Francisco de; BRAGA, Ruy; RIZEK, Cibele (orgs.) Hegemonia às avessas: economia, política e cultura na era da servidão financeira. São Paulo: Boitempo, 2010
por Deni Ireneu Alfaro Rubbo

SENA JÚNIOR, Carlos Zacarias. Os impasses da estratégia: os comunistas, o antifascismo e a revolução burguesa no Brasil (1936-1948). São Paulo: Annablume, 2010