Precariado e sindicalismo no Sul global


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Ruy Braga

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Resumo: O sociólogo britânico Guy Standing notabilizou – se pela ideia segundo a qual o precariado seria uma “nova classe perigosa” produto da deterioração da relação salarial “fordista” resultante do aprofundamento da globalização capitalista. Supostamente, essa nova classe classe em formaç ão teria interesses hostis em relação ao sindicalismo fordista, mais interessado em defender os interesses corporativistas de seus associados do que apresentar soluções críveis às vicissitudes dos jovens trabalhadores em condições precárias de trabalho. Este artigo pretende apresentar uma problematização das posições sustentadas por Standing a respeito da relação entre o comportamento político do precariado e o movimento sindical a partir da análise de dois casos relacionados ao Sul Global: Brasil e Portuga l.

Palavras – chave: 1. Precariado. 2. Sindicalismo. 3. Brasil. 4. Portugal

Precariat and unionism in the global South

Abstract: The British sociologist Guy Standing has stood out for the idea that the precariat would be a “new dangerous class” as a produ ct of the deterioration of the “Fordist” wage relation that arised from the deepening of capitalist globalization. Supposedly, this new class in formation would have hostile interests regarding the Fordist unionism and would be more interested in defending the corporatist interests of its members than to present credible solutions to the vicissitudes of the young laborers under precarious working conditions. This article aims to question Standing’s positions about the relation between the political behavior of the precariat and the trade union movement based on the analysis of two case – studies related to the Global South. Brazil and Portugal.

Keywords: 1. Precariat . 2. Unionism. 3. Brazil. 4. Portugal .

1968 e depois: os estudantes e a condição proletária


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Resumo: Com  muita  freqüência,  é  possível  encontrar   análises  sobre o  Maio  de  68  que  advogam  a  idéia  de  que  as  lutas  estudantis  do  final  dos  anos 1960 teriam, na verdade, preparado a sociedade francesa para o advento do neoliberalismo. Argumentamos nesse artigo que o verdadeiro sentido dessas análises consiste  em  recalcar  o  trauma  representado  pela  aliança  operário-estudantil  na maior greve geral da história européia. Assim, analisamos os vínculos entre as greves operárias e a agitação estudantil buscando compreender as razões profundas da convergência de dois mundos, aparentemente, tão distantes quanto as fábricase as universidades, em um mesmo movimento de luta e contestação.

Palavras-chave: 1. Maio de 1968; 2. Trabalho; 3. Juventude; 4. Socialismo