RESENHAS EDIÇÃO 11


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Revista Outubro – Edição 11 – Resenha

Luiz Bernardo Pericás. Che Guevara e debate econômico em Cuba. São Paulo: Xamã, 2004, por Gustavo Moura de C. Mello

Silvia Miskulin. Cultura ilhada. São Paulo: Xamã, 2003, por Ival de Assis Cripa

Paula Regina Pereira Marcelino. A logística da precarização: terceirização do trabalho na Honda do Brasil. São Paulo: Expressão Popular/Sind. dos Metalúrgicos de Campinas e Região, 2004, por Geraldo Augusto Pinto

Ricardo Antunes e Maria Moraes Silva (orgs.). O Avesso do Trabalho. São Paulo, Expressão Popular, 2004, pp. XXX, Coleção Trabalho e Emancipação, por Sávio Cavalcante.

EDIÇÃO 10

Quando do lançamento de sue número 1, em 1998, o Manifesto editorial que sustentava o projeto da revista Outubro alertava para a necessidade da intervenção prática e teórica para aqueles que recusavam a paralisia do pensamento único. Um conjunto de questões definiam, mas não limitavam. esse campo de intervenção: “a análise da crise do capitalismo e do modelo neoliberal; a análise crítica das tradições social-democratas e estalinistas que prevaleceram no campo da esquerda; o resgate histórico das experiências revolucionárias; o questionamento da democracia burguesa; as transformações no processo de trabalho e a história do movimento operário.” (Manifesto. Outubro, n. 1, 1998, p. )

Chegamos agora ao número 10 da revista. Em um país no qual é grande o número de publicações de vida curta, dez edições em seis anos pode ser considerado um marco, além de evidenciar a regularidade da revista. Mas é de se destacar, principalmente, a coerência mantida pela revista ao longo desses anos e a atualidade dos desafios que ela se propunha a enfrentar. Certamente muita coisa mudou ao longo desses últimos anos: a crise do capitalismo assumiu contornos renovados e as respostas políticas a essa situação ganharam novas feições. Guerras, crises, revoluções e contra-revoluções invadiram o cotidiano neste início de século XXI. Contudo, entendemos que as respostas políticas a essa situação não podem prescindir estar dissociado do progresso teórico. Por isso, acreditamos que este número de nossa revista cumpre um papel muito significativo ao oferecer um conjunto de textos voltados para a análise da complexa relação envolvendo a teoria revolucionária e a história do movimento socialista em suas múltiplas manifestações.
Neste sentido, o leitor encontrará no artigo de Nicolas Tertulian dedicado à análise do problema da subjetividade em Marx uma importante contribuição sobre um tema cada dia mais atual: a concepção marxiana da relação entre exigências históricas e exigências universais da condição humana. Em um momento em que a reação terrorista do império estadunidense ao Islã é objeto de intensa propaganda, Luís Antonio Groppo nos oferece um ensaio a respeito das reflexões de Marx sobre o assim chamado “Oriente”. Por sua vez, Daniel Bensaid, conhecido intelectual e filósofo marxista francês, nos presenteia com um erudito artigo de crítica à mercantilização totalitária das relações sociais e o conceito de propriedade.

Duas datas de fundamental importância não poderiam ser esquecidas por nossa revista e encontram-se bem representadas por artigos críticos e instigantes. O aniversário dos quarenta anos do golpe de 1964, objeto de reflexão de Sonia Mendonça, e os oitenta anos da morte do principal líder revolucionário do século XX, Vladimir Lênin, cuja atualidade do legado teórico e político é discutida por Cláudio Gurgel. Outros “clássicos” do pensamento revolucionário encontram-se presente nas páginas de Outubro. Analisar a leitura e a recepção de Gramsci no Brasil e sua relação com o pensamento de Leon Trotsky traduz-se no objetivo do artigo de Carlos Zacarias F. de Sena Júnior. Finalmente, a relação entre a esquerda brasileira e o governo Lula não poderia estar ausente de nossa revista e o professor Marcos Del Roio nos oferece um interessante balanço a respeito do tema.

Na sessão de resenhas dois importantes lançamentos são discutidos. Primeiro uma obra contemporânea mas que veio para ocupar um lugar de destaque na reflexão teórica, o livro de Ellen Meiksins Wood, Democracia contra capitalismo. A, completando a sessão, antes tarde do que nunca, a resenha dos seis volumes da nova edição dos Cadernos do cárcere, de Antonio Gramsci. Como o leitor pode notar, a revista Outubro não se furta de intervir em problemas centrais da realidade do movimento socialista brasileiro e internacional e, ao mesmo tempo, contribuir com o desenvolvimento da teoria e da propaganda revolucionárias em nosso país. São tarefas difíceis, mas decisivas. Para todos desejamos uma boa leitura.

 

Índice

 

Marx: Uma filosofia da subjetividade

Nicolas Tertulian (EHESS, França)

 

O domínio público contra a privatização do mundo

Daniel Bensaid (Université Paris VIII, França)

 

1964: o duplo golpe do campo

Sonia Mendonça (UFF)

 

Gramsci: mais um antitrotskista?

Carlos Zacarias F. de Sena Júnior (UNEB)

 

O governo Lula e a derrota da esquerda

Marcos Del Roio (Unesp – Marília)

 

Lênin e os problemas candentes do nosso movimento

Cláudio Gurgel (UFF)

 

“Oriente” e “Ocidente” em Marx

Luís Antonio Groppo (Unisal)

 

Resenhas:

Ellen Wood. A democracia contra o capitalismo, por Giuliana Franco Leal

Antonio Gramsci. Cadernos do cárcere, por Alvaro Bianchi

Referência: Revista Outubro, n. 10, 2004.

EDIÇÃO 08

A revista Outubro chega a sua oitava edição com ótimas novidades que contribuem grandemente com a consolidação de nosso projeto editorial e político. Em primeiro lugar, comunicamos que já está no ar nossa página na Internet (www.revistaoutubro.com.br). Por intermédio da página o leitor poderá acessar todos os artigos das edições anteriores e consultar o índice do número mais recente, além de obter informações sobre normas de publicação e os locais de venda da revista. Com isso, procuramos tornar mais acessível o material produzido por nossos colaboradores, além de agilizar o contato dos leitores com a secretaria de redação. Outra novidade importante é a indexação de Outubro a dois bancos de dados internacionais: o Ulrich’s Periodical Directory e a Citas Latinoamericanas de Ciências Sociales (Clase). Por meio da indexão buscamos potencializar nossa circulação internacional, além de garantir maior visibilidade à revista.

Registradas as novidades, passemos à apresentação dos artigos. Logo de início, Outubro publica um artigo do professor Edmundo Fernandes Dias a respeito da formação e da natureza do governo Lula. Com uma exame da lógica do pacto social, Teones França comparece com trabalho sobre tema de fundamental importância para a análise da conjuntura do governo petista. Como de praxe, nossa revista não se abstém de tratar dos assuntos mais candentes da realidade presente e busca oferecer uma pequena contribuição para o debate que predomina atualmente na esquerda socialista brasileira.

Sérgio Lessa comparece com uma bem-vinda crítica às teses do “trabalho imaterial” sustentadas por intelectuais da “esquerda pós-moderna” européia e norte-americana, tendo Antonio Negri à frente. Dando seqüência a uma das principais (e agora já tradicionais) preocupações de nossa revista, a crise do capital é o tema do artigo de Edmilson Carvalho. Alvaro Bianchi analisa a dominação militar norte-americana no contexto da recente crise da ordem mundial.

Dois artigos de colaboradores internacionais ajudam a enriquecer este número. O professor Luciano Vasapollo da Universidade La Sapienza de Roma nos brinda com uma importante contribuição ao debate a respeito da atualidade do pensamento marxiano na interpretação das mutações das formas de dominação do trabalho. Edgardo Logiudice nos ajuda a minimizar uma grave omissão de Outubro: a ausência de um trabalho cuja referência seja a crise argentina.

Finalmente, nossa seção de resenhas apresenta um quadro diversificado de volumes lançados recentemente e que condensam contribuições decisivas para o debate histórico e filosófico no interior do campo marxista.

A todos, desejamos uma proveitosa leitura.

Índice

 

Democrático e Popular?

Edmundo Fernandes Dias (Unicamp)

 

A materialidade do trabalho e o “trabalho imaterial”

Sergio Lessa (UFAL)

 

Paradoxos do presente e lições de Marx

Luciano Vasapollo (Università di Roma “La Sapienza”, Itália)

 

Avanço ou retrocesso?

Edgardo Loguidice (IGS, Argentina)

 

A lógica do pacto: do ABC paulista para Brasília

Teones Pimenta de França (UFF)

 

Hegemonia em tempos de cólera: a difícil construção de uma ordem mundial

Alvaro Bianchi (Umesp)

 

Resenhas

Mike Davis. Holocaustos coloniais. Clima, fome e imperialismo na formação do terceiro mundo. Rio de Janeiro: Record, 2002, por Henrique Carneiro

Michael Löwy. A teoria da revolução no jovem Marx. São Paulo: Vozes, 2002, por Marcelo Guimarães Lima

Leandro Konder. A Questão da Ideologia. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, por Daniel Romero

Marcelo Ridenti e Daniel Aarão Reis Filho (orgs.). História do marxismo no Brasil (v. 5). Partidos e organizações dos anos 20 aos 60. Campinas: Unicamp, 2002, por Jean Rodrigues Sales

Ruy Fausto. Marx: lógica e política – Investigações para uma reconstituição do sentido da dialética (Tomo III). São Paulo: Editora 34, 2002, por Hector Benoit

RESENHAS EDIÇÃO 08


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Revista Outubro – Edição 8 – Resenhas

Mike Davis. Holocaustos coloniais. Clima, fome e imperialismo na formação do terceiro mundo. Rio de Janeiro: Record, 2002, por Henrique Carneiro

Michael Löwy. A teoria da revolução no jovem Marx. São Paulo: Vozes, 2002, por Marcelo Guimarães Lima

Leandro Konder. A Questão da Ideologia. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, por Daniel Romero

Marcelo Ridenti e Daniel Aarão Reis Filho (orgs.). História do marxismo no Brasil (v. 5). Partidos e organizações dos anos 20 aos 60. Campinas: Unicamp, 2002, por Jean Rodrigues Sales

Ruy Fausto. Marx: lógica e política – Investigações para uma reconstituição do sentido da dialética (Tomo III). São Paulo: Editora 34, 2002, por Hector Benoit

EDIÇÃO 07

Com uma cara nova a revista Outubro chega a sua sétima edição. Trazendo uma programação visual mais arrojada, a revista pretende tornar sua leitura mais fácil e agradável. As mudanças não são apenas cosméticas. O crescente número de artigos enviados a nossa redação nos levaram a, pela primeira vez, divulgar na revista os critérios de seleção e as normas para publicação em Outubro. Nada que não tenhamos seguido nos últimos anos ou que não fosse do conhecimento de nossos colaboradores. Mas a iniciativa tem por objetivo dar uma maior visibilidade aos critérios adotados e permitir a novos colaboradores o envio de artigos.

Michel Husson, economista e membro do conselho científico da Association pour une Taxation des Transactions Financières pour l’Aide aux Citoyens (Attac), abre a revista analisando a presente situação da economia mundial. O autor mostra os limites da chamada “nova economia” e seu rápido esgotamento. Desenha, com isso, um acurado quadro da economia norte-americana e européia depois do 11 de setembro. Mesmo mostrando a reviravolta pela qual tem passado a economia nos últimos anos, o autor não considera provável um novo crash.

Fernando Antonio da Costa Vieira e Hiran Roedel e Marcos Del Roio, analisam em dois artigos, os novos desafios que o processo da chamada globalização, em suas múltiplas dimensões, criou para os movimentos sociais. Discutindo tais desafios, os autores apontam tanto para a permanência dos conflitos classistas como para a necessidade de revigorar as práticas de luta social, incorporando novas forças sociais em uma perspectiva anticapitalista.

As mutações das formas de dominação do trabalho são tema dos artigos de Ricardo Bellofiore e Maria Augusta Tavares. Bellofiore, professor do Departamento de Ciências Econômicas da Università degli Studi di Bergamo, na Itália faz sua primeira aparição nas páginas de Outubro, analisando o lugar dos fundos de pensão na economia capitalista contemporânea. Bellofiore constrói seu argumento polemizando com as teses de Robin Blackburn e Michel Aglietta que identificariam nesses fundos uma maior influência dos assalariados nas estratégias das empresas. Maria Augusta Tavares, por sua vez, ataca frontalmente a questão do trabalho informal, apontando nele novas formas de exploração do trabalho.

Valério Arcary traz para Outubro, um autor maldito, sempre citado e raramente lido. Colocando Karl Kautsky como centro de sua reflexão, Arcary discute as origens históricas da corrente centrista na social-democracia alemã. Maria Lídia Souza da Silveira reforça o caráter inovador de nossa revista ao discutir a temática da subjetividade no âmbito do marxismo. Traz com isso, para nossa pauta, uma importante questão, freqüente e injustamente deixada à margem da nossa reflexão.

A seção de resenhas de Outubro dá testemunho da importante renovação dos estudos marxistas em nosso país. A publicação de Para além do capital, de István Mészáros, e de Gênese e estrutura de O Capital de Karl Marx, de Roman Rosdolsky, são os dois principais acontecimentos editoriais do ano no âmbito do marxismo e não poderíamos deixar passar em brancas nuvens a publicação dessas obras monumentais. Completam a seção de resenhas os livros de Edmundo Fernandes Dias, Gramsci em Turim e de Juliana Colli, A trama da terceirização.

A todos, desejamos uma boa leitura.

 

Índice

2001, ou a grande reviravolta conjuntural

Michel Husson (IRES, França)

 

Desafios dos movimentos sociais em tempos de globalização

Fernando Antonio da Costa Vieira (UFRJ) e Hiran Roedel (UFRJ)

 

Política operária: há futuro?

Marcos Del Roio (Unesp – Marília)

 

O capitalismo dos fundos de pensão

Ricardo Bellofiore (Università degli Studi di Bergamo, Itália)

 

Trabalho informal: os fios (in)visíveis da produção capitalista

Maria Augusta Tavares (UFAL)

 

Kautsky e as origens históricas do centrismo na esquerda

Valério Arcary (Cefet – SP)

 

Subjetividade e marxismo?

Maria Lídia Souza da Silveira (UFF)

 

Resenhas

István Mészáros. Para além do Capital, por Maria Cristina Soares Paniago

Roman Rosdolsky. Gênese e estrutura de O Capital de Karl Marx, por Hector Benoit

Edmundo Fernandes Dias. Gramsci em Turim. A construção do conceito de hegemonia, por Vito Gianotti

Juliana Colli. A trama da terceirização, por Henrique Amorim

Normas para os autores

Desafios dos movimentos sociais em tempos de globalização


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Resumo: O presente trabalho objetiva analisar o papel dos movimentos sociais no Brasil na década de 1990. Entende-se que se manifesta, nessa década, um refluxo dos movimentos sociais, relacionado com a construção de um consenso neoliberal que nega a atualidade da luta de classes. Sendo assim, a abordagem não se limita ao campo econômico, mas priorizará os campos político-ideológico.

Palavras-chave: 1. Globalização; 2. Movimentos Sociais; 3. Brasil