O movimento grevista pré-revolucionário na Rússia (1912-1916)


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Resumo: O  movimento  grevista  na  Rússia  pré-revolucionária  entre  1912  e1916 foi um dos mais espetaculares na história do movimento dos trabalhadores em nível mundial. Na medida em que os historiadores do movimento dos trabalhadores tenderam a focar sua atenção nos anos revolucionários de1905 e 1917, a onda de greves antes de 1917 permanece fundamentalmente desconhecida.  Em  termos  do  número  de  participantes  e  das  reivindicações políticas,  no  entanto,  o  prolongado  movimento  não  teve  precedentes.  Ao examinar  as  greves  por  fábrica,  este  artigo  sustenta  que  os  revolucionários, em  particular  os  Bolcheviques,  atuaram  como  catalizadores  do  movimento. A presença ou ausência de agitadores revolucionários, mesmo no nível da fábrica, determinaram se os operários participaram ou não das ações grevistas.

Palavras-chave:1. Greves; 2. Partido Bolchevique; 3. Rússia

Abstract: The  pre revolutionary  strike  movement  in  Russia  from  1912-1916 was one of the most spectacular in world labour history. Because labour historians have tended to focus their attention on the revolutionary years of 1905and 1917, the strike wave before 1917 remains largely ignored. In terms of the number of participants and political demands, however, the prolonged movement was unprecedented. Examining strikes at the factory level, this essay argues that revolutionaries, particularly the Bolsheviks, acted as catalysts for the  movement.The  presence  or  absence  of  revolutionary  agitators,  even  at the shop level, determined whether workers participated in the strike actions.

Keywords:1. Strikes; 2. Bolshevik Party; 3. Russia

Movimento operário, cordões industriais e poder popular no Chile


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Resumo

Os estudos e análises feitos pela esquerda sobre a Unidade Popular concentraram sua atenção na superestrutura, silenciando a ação coletiva ou direta das classes populares e seus movimentos sociais. O processo revolucionário chileno enfrentaria uma dicotomia entre o “reformismo por cima”, impulsionado pelo governo de Allende, e a “revolução por baixo” dos movimentos socais. O movimento operário adquiriria uma importância fundamental ao ser considerado o sujeito histórico da revolução, mais ainda com o desenvolvimento dos cordões industriais. Estes se tornaram organismos de classe para o desenvolvimento da militância de esquerda, e o centrismo ajudaria a gerar uma consciência contraditória na classe trabalhadora, parte do fracasso da “revolução por baixo”.

Palavras-chave: 1. Classe operária; 2. Frente Popular; 3. Chile

Labor movement, industrial belts and people’s power: experience and classconsciousness during the Popular Unity

Abstract

The studies and analysis of the Popular Unity made by the left have turned their attention to the superstructure, silencing the direct or collective action of the working classes and their social movements. The Chilean revolutionary process would face a dichotomy between “reformism from above”driven by the Allende government and the “revolution from below” of the social movements. The labor movement would acquire a fundamental importance when considered as the historical subject of the revolution, even more with the development of the cordones industriales (industrial belts). These bodies became the class organs for the development of the left militancy, while centrism help generate a contradictory consciousness in the working class,part of the failure of the “revolution from below”.

Keywords: 1. Working class; 2. Popular Front; 3. Chile

Remoções de favelas na cidade do Rio de Janeiro: uma história do tempo presente


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Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar as remoções de favelas na cidade do Rio de Janeiro, no tempo presente. Essa política habitacional excludente foi antecedida por uma campanha na grande imprensa carioca,que tentou anular os significados negativos associados às remoções de favelasnos anos 1960 e 1970. Atualmente, a ação dos poderes públicos deixa evidente a intenção de expulsar as classes pobres de áreas valorizadas da cidade, por meio da retirada compulsória de moradores, em nome das obras de preparação da cidade para os megaeventos esportivos. Registra-se também o avanço da chamada remoção “branca”, em que os moradores não têm dinheiro para permanecer em determinadas favelas, em decorrência da especulação imobiliária decorrente, entre outros fatores, da implantação da Unidade de PolíciaPacificadora (UPPs).

Palavras-chave: 1. Favelas; 2. Remoções; 3. Rio de Janeiro.

Slum´s evictions in the city of Rio de Janeiro: a nowadays history

Abstract: This study aims to analyze the removal of slums in the city of Rio de Janeiro, at the present time. This exclusionary housing policy was preceded by a campaign in the press in Rio, which tried to nullify the negative meanings associated with the removal of slums in the 1960s and 1970s. Currently, the action of the Government makes clear its intention to expel the poor classes from valued areas of the city, through the compulsory withdrawal of residents,on behalf of the construction works for the sports mega-events in the city. It also notes the advancing of the so-called “white removal”, in which the residents can not afford to stay in certain favelas, due to real estate speculation arising, among other factors, from the establishment of the Police Pacification Unit (UPP).

Keywords:1. Slums; 2. Removals;3. Rio de Janeiro.

RESENHAS EDIÇÃO 21


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Revista Outubro – Edição 21 – Resenha

RIDENTI, Marcelo. Brasilidade revolucionária: um século de cultura e política. São Paulo: Unesp. 2010, por Daniela Vieira dos Santos

SPIVAK, Gayatri Chakravorty.  Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010, por Camila Massaro de Góes

HOBSBAWM, Eric. Como mudar o mundo: Marx e o marxismo, 1840-2011. De São Paulo: Companhia das Letras, 2011, por Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos e Diana Patricia Ferreira de Santana

EDIÇÃO 20 COMPLETA

Desde seu aparecimento, Outubro tem colaborado com a superação das dificuldades teóricas que bloquearam o desenvolvimento do debate estratégico socialista no país por meio da publicação de artigos e dossiês dedicados a este espinhoso tema. Neste número, o leitor encontrará, além de uma sintética contribuição do filósofo marxista, Daniel Bensaïd, cuja obra desde a década de 1970 orientou-se nesta direção. A publicação desse artigo, o último capítulo de seu último livro, é também uma homenagem da revista a seu colaborador, falecido em 2010.

Sumário

 

Elogio da política profana como arte estratégica

Daniel Bensaïd (Université Paris VIII, França)

 

A acumulação capitalista mundial e o subimperialismo

Ruy Mauro Marini (UNAM, México)

 

As “recentes” greves na China

Paula Nabuco (UFF)

 

Ecologia versus Capitalismo: dilemas do governo Rafael Correa no Equador

Fabio Luis Barbosa dos Santos (USP)

 

Entrevista com Marcel van der Linden: “As greves não estão diminuindo, provavelmente estão se tornando mais importantes”

Raquel Varela (UNL, Portugal)

 

Marx, as crises e a revolução

Demian Bezerra de Melo (UFF)

 

Uma leitura sobre Lenin, Clausewitz, a revolução e a guerra

Rodrigo Duarte Fernandes dos Passos (UFPI)

 

Trabalho no capitalismo contemporâneo: pelo fim das teorias do fim do trabalho

Marcelo Dias Carcanholo (UFF) e João Leonardo Medeiros (UFF)

 

Resenhas

MISKULIN, Sílvia. Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução (1961-1975). São Paulo: Alameda, 2009
por Juarez Duayer

DIAS, Edmundo Fernandes. História e revolução: das Teses ao Manifesto. Campinas: Sundermann, 2011
por Antonio de Pádua Bosi

OLIVEIRA, Francisco de; BRAGA, Ruy; RIZEK, Cibele (orgs.) Hegemonia às avessas: economia, política e cultura na era da servidão financeira. São Paulo: Boitempo, 2010
por Deni Ireneu Alfaro Rubbo

SENA JÚNIOR, Carlos Zacarias. Os impasses da estratégia: os comunistas, o antifascismo e a revolução burguesa no Brasil (1936-1948). São Paulo: Annablume, 2010

Referência: Revista Outubro, n. 20, 2012.

Elogio da política profana como arte estratégica


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Resumo: Em meio à crise que marca o início do século XXI, como crise do sistema político parlamentar e partidário, a política emerge como “arte de fundar ou mudar o mundo”. Esta não se identifica com o discurso pós moderno dofluxo midiático, tampouco com o pessimismo dos filósofos que profetizama “dominação global” e inevitável do capitalismo. A política, ao contrário, é sempre interminável, conspira com a história. Ela é profana e, portanto, inconciliável com a ordem.

Palavras-chave: 1. Política; 2. Estratégia; 3. Crise da política

 

Eulogy of profane politics as strategic art

Abstract: Amid the crisis that marks the beginning of the twentieth first century, a crisis of the parliamentary and partisan political systems, politics emerges as “the art of founding or changing the world”. It is not identified with postmodern discourse and neither with the philosophical pessimism that professes the “global domination” of capitalisnt Politics, by contrast, is always endless, conspires with history. It is profane, and therefore irreconcilable with the order.

Key-words: 1. Politics; 2. Strategy; 3. Crisis of politics.

As “recentes” greves na China


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As “recentes” greves na China

O objetivo deste artigo é investigar as “recentes” greves na China, especialmente a resistência na Honda, Foxconn e outras empresas que foram divulgadas por todo o mundo, apontando que a resistência e greves dos trabalhadores não são uma novidade, há muitos relatos de ações coletivas por toda a China nos últimos anos. Durante as últimas três décadas, a China passou por um crescimento nos métodos de resistência popular e protestos contra as más condições de trabalho, não-pagamento de salários e pensões de trabalhadores de empresas estatais e privadas de investimento externo. Recentemente os jovens trabalhadores migrantes de empresas com fundos estrangeiros realizaram greves e estabeleceram novas formas de mobilização e organização portodo o pais. Apesar das ações coletivas estarem crescendo na China, elas são basicamente relacionadas com demandas econõmicas e com as condições de trabalho e seu nível de organização ainda é baixo.

Palavras-chave: Greves; Condições de trabalho; China

 

The “recent” strikes in China

The aim of this paper is to investigate the “reccent” strikes in China, specialiy the resistance in Honda, Foxconn and other foreign funded companies that were spread all over the world. The workers resistance and strikes are not new, there have been many reports of collective action all over China in recent years. During the last decades China had an increase in methods of popular resistance and protests against bad working conditions, unpaid wages and pensions from workers of state owned enterprises (SOEs) and private foreign ones. Recently the young migrant workers from the foreign funded enterprises carried out many strikes and established new ways of mobilization and organization all over the country. Although the collective actions are growing,they are basically reIated with economic demands and working conditions and the workers in China still have a low organization level.

Keywords: Strikes; Working conditions; China

Marx, as crises e a revolução


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Resumo: No balanço da Revolução de 1848, Marx afirmou que a crise comercial de 1847 foi a sua “parteira apontando na volta da prosperidade econômica a razão para o desfecho daquela vaga revolucionária. Em seguida vaticinou que tão logo estalasse uma nova crise, outra revolução seria desencadeada no continente europeu. Todavia uma nova crise sô voltou a acontecer em 1857-1858, e nenhuma revolução se fez presente. O propósito deste artigo é discutir como Marx abordou a relação entre crises econômicas e a luta de classes,desde seus comentários sobre a revolução de 1848 até o desenvolvimento de sua crítica da economia política nos anos 1850. Defende-se a ideia de que da redação dos Grundrisse até o Prefácio de 1859 Marx apura sua visão sobre a historicidade do capitalismo e define a necessidade de uma época histórica de revolução social para dar cabo desta forma de sociabilidade. Assim, em seus comentários posteriores sobre o fenômeno das crises, notadamente na seção terceira do livro III de O Capital, tal perspectiva comparece de forma explícita.

Palavras-chave: Crises capitalistas; Revolução; Karl Marx

 

Marx, the crises and the revolution

Abstract: In the balance of the Revolution of 1848, Marx said that the commercial crisis of 1847 was her “midwife” pointing in the hack of economic prosperity the reason for the outcome of that revolutionary wave. Then predicted that once popped a new crisis, another revolution would be unleashed on the European continent. But a new crisis just happened again in 1857-1858, and no revolution has been made. The purpose of this paper is to discuss how Marx addressed the relationship between economic crises and class struggle, from his comments about the 1848 revolution, until the development of his critique of political economy in the 1850s. It supports the idea that from the writing of the Grundrisse to the 1859 Preface, Marx clears bis views on the historicity of capitalism and defines the need of a historical period of social revolution to give out this form of sociability. Thus, in bis later comments on the phenomenon of crises, notably in the third section of book III of Das Kapital, that prospect appears explicitly.

Keywords: Capitalists crises; Revolution; Karl Marx

Trabalho no capitalismo contemporâneo: pelo fim das teorias do fim do trabalho


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Resumo: O artigo recupera o longo debate a respeito da suposla tendência ao fim do trabalho no capitalismo contemporâneo, que teria transformado a teoria de Marx numa interpretação da vida social totalmente extemporânea. Opondo-se aos argumentos oferecidos pelos diversos formuladores das teses sobre ofim do trabalho (Gorz, Offe, Habermas, Flardt e Negri, entre outros), o artigo procura defender, por um lado, que muitos destes argumentos são carregados de problemas de toda ordem (teóricos, categoriais, metodológicos e empíricos). Por outro lado, procura-se demonstrar que, ainda que estivéssemos caminhando para uma situação na qual o trabalho deixaria de ter importância na reprodução social, a intervenção crítica de Marx não seria abalada pela aberta manifestação dessa tendência: ao contrário, a importância de sua intervenção seria, na verdade, realçada.Palavras Chave: 1. Trabalho; 2. Capitalismo; 3. Karl Marx

 

Work in contemporary capitalism: for the end of the theories of the end of work

Abstract: The paper resumes the longstanding debate of the presumed tendency towards the end of work in contemporary capitalism, which would have transformed Marx’s theory into a totally extemporaneous interpretation of social life. Opposing arguments advanced by the various thinkers who give shape to the theses about the end of work (Gorz, Offe, Habermas, Hardt e Negri, among others), the paper tries to defend, on the one hand, that many of these arguments carry with them all sorts of problems (theoretical, categorical,methodological and empirical). On the other, it attempts to show that, even if we were evolving to a situation where work has no importance to social reproduction, Marx’s critical intervention would not be shaken by the open manifestation of this tendency: contrary lo this, its importance would be, in fact, rendered conspicuous.Keywords: 1. Work; 2. Capitalism; 3. Karl Marx

RESENHAS EDIÇÃO 20


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Revista Outubro – Edição 20 – Resenha

MISKULIN, Sílvia. Os intelectuais cubanos e a política cultural da Revolução (1961-1975). São Paulo: Alameda, 2009
por Juarez Duayer

DIAS, Edmundo Fernandes. História e revolução: das Teses ao Manifesto. Campinas: Sundermann, 2011
por Antonio de Pádua Bosi

OLIVEIRA, Francisco de; BRAGA, Ruy; RIZEK, Cibele (orgs.) Hegemonia às avessas: economia, política e cultura na era da servidão financeira. São Paulo: Boitempo, 2010
por Deni Ireneu Alfaro Rubbo

SENA JÚNIOR, Carlos Zacarias. Os impasses da estratégia: os comunistas, o antifascismo e a revolução burguesa no Brasil (1936-1948). São Paulo: Annablume, 2010

EDIÇÃO 19

Apesar das dificuldades encontradas, nossa revista se mantém como uma referência para o pensamento crítico brasileiro. O conteúdo desse exemplar pretende revelar ao leitor a pertinência da unidade entre teoria e prática para o pensamento crítico em tempos de crise do capitalismo.

 

Sumário

 

O capitalismo rumo a uma regulação caótica

Michel Husson (IRES, França)

 

A primeira crise econômica mundial: Marx como jornalista econômico

Michael R. Krätke (Lancaster University, Inglaterra)

 

Karl Marx: o charme indiscreto da incompletude

Marcello Musto (York University, Canadá)

 

A natureza dúplice do trabalho em Marx: trabalho útil-concreto e trabalho abstrato

Eduardo Ferreira Chagas (UFC)

 

Homo faber: para uma antropologia filosófica gramsciana

Raul Mordenti (Università degli Studi di Roma “Tor Vergata”, Itália)

 

Bonapartismo e cesarismo nos estudos sobre o período 1930-1964 da república brasileira: alguns apontamentos introdutórios

Felipe Demier (UFF)

 

O conceito de revolução em Caio Prado Júnior e Florestan Fernandes

Fábio José C. de Queiroz (UCRA)

 

Lukács e as funções da consciência na reprodução social

Gilmaisa Macedo da Costa (UFAL)

 

 

Resenhas

JINKINGS, Ivana e PESCHANSKI, João Alexandre (orgs.). As utopias de Michael Löwy: reflexões sobre um marxista insubordinado. São Paulo: Boitempo, 2007
por Fabio Mascaro Querido

DURÃO, Fábio Akcelrud; ZUIN, Antônio; e VAZ, Alexandre Fernadez (orgs.). A indústria cultural hoje. São Paulo: Boitempo, 2009
por Sílvio César Camargo
DUAYER, Juarez. Lukács e a arquitetura. Niterói: Eduff, 2008
por João Leonardo Medeiros

BRAGA, Ruy e BURAWOY, Michael. Por uma sociologia pública. São Paulo: Alameda, 2009
por Bárbara Castro

BIANCHI, Alvaro. O laboratório de Gramsci: filosofia, história e política. São Paulo: Alameda, 2008
por Carlos Zacarias F. de Sena Júnior

Referência: Revista Outubro, n. 19, 2011.

Bonapartismo e cesarismo nos estudos sobre o período 1930-1964 da república brasileira: alguns apontamentos introdutórios


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Resumo: O presente artigo assinala a presença da ideia de “autonomização relativa do Estado”, fenômeno histórico-político abordado por alguns clássicos do pensamento marxista, em alguns dos destacados trabalhos científicos que se dedicaram ao chamado período “populista” da história nacional. Mais especificamente, buscaremos, de modo bastante sucinto, expor como os conceitos de “bonapartismo”, tal como foi trabalhado por León Trotsky, e de “cesarismo”, do modo como foi desenvolvido por Antônio Gramsci, encontram-se presentes em uma parcela da produção bibliográfica acadêmica que visou compreender as relações entre classes sociais e Estado no período da república brasileira localizado entre 1930 e 1964.

Palavras-chave: 1. Bonapartismo; 2. Cesarismo; 3. Leon Trotsky; 4. Antonio Gramsci

 

Bonapartism and cesarism in the studies about the period 1930-1964 o fthe Brazilian republic: some introductory notes

Abstract: This article highlights the presence of the idea of “relative autonomization from the State”, a historico-political phenomenon deal with by some classics of the Marxist thought, in some of the remarkable scientific works that were dedicated to the so-called “populist”period of the national history. More specifically, we will seek to expose,very briefly, how the concepts of “bonapartism”, as it was worked by León Trotsky, and of “cesarism”, in the way it was developed by Antonio Gramsci, are present in part of the academic bibliographic production that aimed at understanding the relationships between social classes and the State in the period of the Brazilian republic between1930 and 1964.

Keywords: 1. Bonapartism; 2. Cesarism; 3. Leon Trotsky; 4. Antonio Gramsci